sábado, setembro 30, 2006

Faltava-me coragem para contar-lhe meus sentimentos verdadeiros. Da vontade de ir embora, de deixar tudo para trás, de descalçar os pés e vestir roupas velhas para uma caminhada mais confortável e simples. Queria voar pelos campos, me perfumando de flores, nadar pelos rios, correr na chuva, sentar no topo da montanha mais alta para esperar a chegada da noite. Queria não ter a obrigação de me preocupar. Queria que deixasse tudo e me acompanhasse, sem pensar no "depois". Ora, se não é pensando neste diabo que nos acomodamos a uma vida que um dia juramos abominar, e ficamos aprisionados. Não queria viver aprisionada ao "depois" (que não chegará; depois é sempre depois), tampouco amarrada ao "ontem"! Meu tempo é hoje, gostaria de poder afirmar. E por que é que você me contraria? Por que quer me atar a esta suposta realidade que nos põe sempre a esperar? Até mesmo uma vida simples custa caro, sempre me diz. Pois então o que queremos deve ser bastante complicado. Você me diz para ser paciente, lutar, conquistar. E eu respondo que estarei morta muito antes de meu coração parar de bater.

Um comentário:

Anônimo disse...

Desculpe! Acho q é excesso de amor e cuidado...minha irmãzinha do coração...