quinta-feira, março 11, 2010
Salve...
Gradações em verde; distintos caminhos da luz. O vaguejar tranquilo das nuvens no azul-quase-outonal. A vermelhidão extravagante do Tiê. Voos rasantes porém delicados de uma generosa borboleta sertaneja sobre o folhiço resignado. Orquídeas selvagens arroxeadas e o ar antigo, úmido, denso e sábio de uma floresta que ganhou a chance de rebrotar e envelhecer. À frente as águas marinhas, verde-espelhadas, salinas, indecisas e certeiras, ternas subordinadas do sábio e imponente Grande Vento. Quanta vida cabe numa tarde. Gostaria de me misturar e dissolver nesta orquestra sagrada. Salve salve, natureza. Me envolva, direcione, acaricie, proteja, em seus braços me acolha, e me tome... Pois não pertenço mais a lugar algum.
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Um comentário:
Salve!!
Que benção, voltaste a escrever!
"Quanta vida cabe numa tarde."
São tão plenos esses momentos que mal cabemos em nós. Porque a fronteira que racionalmente existia, torna-se ponte, passo, poesia.
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